Lamentei profundamente a morte na última sexta-feira, do renomado nacional e internacionalmente geólogo, João José Bigarella, que morreu aos 92 anos, grande parte de todo este tempo dedicado ao seu amor pela geologia e paleontologia, que o tornou conhecido em todo o mundo como um dos grandes ícones da área, com o recebimento de dezenas e dezenas de prêmios recebidos em várias partes do mundo.
Professor da Universidade Federal do Paraná por mais de 30 anos, o professor, nascido em Curitiba, deixou seu nome gravado com letras de ouro como ambientalista, em mais de 67 anos de engajamento e luta por causas ambientais com destaque para o fechamento da Estrada do Colono polêmico projeto de dividir o Parque Nacional do Iguaçu que durou muitos anos e colocou em risco o título de Patrimônio Natural da Humanidade do espaço.
Tive a oportunidade e a honra de participar durante 3 anos da luta do professor Bigarella em conseguir instalar no Parque de Vila Velha em Ponta Grossa, do Museu de Geologia e Paleontologia naquele local, uma luta da qual participei ao lado do também deputado Péricles de Mello, e membros da UFPR, UEPG, IAP e IBAMA, com a realização de uma série de reuniões realizadas, não só na Assembleia Legislativa, mas também com diversas visitas realizadas ao local o que resultou num estudo profundo sobre a possibilidade não só de instalação do museu, mas também da revitalização e reabertura de outras atrações do parque que estão desativadas desde 2010.
Através deste trabalho da Comissão Especial do Museu, da qual fiz parte pude conhecer melhor a vida e a riquíssima obra do professor Bigarella, um mestre, uma lição de vida e que deixa por parte da Fundação José Bigarella, um legado de trabalho, respeito e dignidade, mas infelizmente nos deixa sem ver realizado seu grande sonho que era a construção do Museu de Vila Velha.