Educação tem que ser dada pela família e não pela escola

Ocupei a tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta segunda-feira (22) para falar a respeito do polêmico item “Ideologia de Gênero” inserido no projeto original do novo Plano Estadual de Educação, em discussão na Casa, e que está causando uma enorme discussão, principalmente depois do acolhimento das emendas apresentadas.

Dentre essas emendas, justamente a supressão deste termo é um ponto crucial para que possamos votar a favor do projeto, pois ao contrário do que faz parecer, isso não iria criar nenhum mecanismo de apoio ao combate à discriminação, e não baniria todos os casos de homofobia registrados diariamente.

Já que muitos defendem esse termo, porque então não atender outros grupos que são discriminados, como os calvos, os obesos, as mulheres, os índios e os nordestinos. Ou estes grupos não são discriminados?

Se fosse o caso, todos os termos que são discriminatórios seriam expurgados e resolveríamos todos os problemas do mundo, incluindo aí os conflitos religiosos do Oriente Médio, os conflitos raciais em vários países do mundo, e cito como exemplo a questão do ensino religioso nas escolas, outro tema muito polêmico, pois iria se discutir quem daria as aulas de religião, um padre, um pastor, um rabino, e se a pessoa que falaria sobre religião não puxaria para a sua crença um entendimento maior dos alunos, até porque o assunto é de fácil compreensão para uns e difícil para outros que são de credo diferente.

Será que é esse termo “Ideologia de Gênero” é que irá corrigir todas as discriminações, ou a questão da escolha entre masculino e feminino será enfiada nas cabeça dos nossos filhos, a fim de descobrir qual a sua sexualidade, tirando o direito dos pais de falar e abordar a questão da sexualidade com seus filhos, algo que deve ser exclusivamente de cunho familiar, pois a família é quem deve ensinar a questão da sexualidade, uma questão de foro íntimo.

Ninguém possui o direito de ensinar aos nossos filhos qual direção sexual ele deve seguir, o que depois, já na idade adulta ele terá toda liberdade para definir que caminho seguir, mas não agora na escola ainda sendo criança ou adolescente, e mais tarde inclusive ensinar aos seus filhos e netos. Por isso, fui contra o projeto original por manter alguns termos com os quais não concordo. O tema é muito complexo e merece um estudo mais profundo e muita discussão.

Sou terminantemente contra o projeto e a favor da família, e por ser a favor da família, não quero que ninguém incuta na cabeça dos meus filhos a ideia do que é certo ou errado na questão da sexualidade.