Projeto de reciclagem de lixo feito por presos em Piraquara

Como deputado estadual já por 4 mandatos e prestes a iniciar o 5°, desde o início como parlamentar, me preocupei muito com a questão da reciclagem do lixo eletrônico, pois assim como cresceu de forma inacreditável a coleta deste tipo de material, também aumentaram as preocupações com o destino final dado a este lixo.

Tanto e que entre vários outros ligados ao tema, destaco 3 que viraram lei estadual e estão em plena vigência no Paraná: o de número 254 de 2.003 que dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas produtoras, distribuidoras e que comercializem disquetes ou similares, a dar-lhes uma destinação correta, a de número 230 de 2.007, que dispõe sobre a reciclagem e utilização no âmbito da administração pública estadual, e ainda a 142 também de 2.007, que obriga as empresas produtoras e distribuidoras a criarem um programa de reciclagem e recolhimento deste material produzido.

Faço este “intróito” para destacar um programa muito interessante iniciado na Colônia Penal Agrícola em Piraquara que, numa parceria com a Associação de Reciclagem de Lixo Eletroeletrônicos, empresa sediada em Londrina, viabilizou um determinado número de presos desta unidade para fazer a reciclagem de material eletrônico, buscando também preservar o meio ambiente.

Os detentos envolvidos no processo aprendem a separar o material, e quando ganharem a liberdade terão conhecimento em reciclagem e ainda em montagem e reaproveitamento de computadores, lembrando que a ação contribui com a reinserção do preso junto a sociedade, que aliás também pode participar com o envio de materiais eletrônicos que podem ser reciclados e que não estão mais sendo utilizados.

Todos os dias, os veículos de comunicação do Estado inteiro divulgam as campanhas e mutirões realizadas em cidades de pequeno, médio e grande porte, campanhas estas que arrecadam toneladas de material, e providenciam a destinação correta do material, uma pratica verificada em todo o interior do Paraná, na maioria das vezes com a participação do poder público, e de vários outros segmentos da sociedade.

Como precursor desta ideia, e como criador de diversas leis que abrangem este segmento, me sinto particularmente feliz em verificar o crescimento desta consciência ambiental, e principalmente de como as leis em vigor têm contribuído para despertar as pessoas para a necessidade de se reciclar este tipo de material.