A última sessão extraordinária deste período legislativo, que se prolongou até as 23 horas da última terça-feira, apreciou novamente alguns projetos polêmicos, entre eles dois que eu destaco e que votei contra, como aliás já havia feito nas votações do dia anterior em relação a outras proposições que foram colocadas em pauta.
Um dos projetos ao qual votei contra, é de autoria do Governo do Estado, que muda de mãos a administração de mais de 27 mil detentos que estão nas delegacias e unidades penais, o que faz com que o Departamento de Execução Penal deixe de ficar sob os cuidados da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e passe para a Secretaria de Estado da Segurança Pública, projeto que 29 votos a favor e 10 contrários, seguindo agora para a sanção do governador Beto Richa.
O outro tema ao qual fui contrário foi a efetivação do dia 19 de Dezembro como feriado estadual, conforme determina uma lei de 1962, mas que nunca foi realmente colocada em prática. Votei contra por entender que, nesta época de final de ano, seria muito prejudicial ao comércio, grande ou pequeno, e até pelo fato de já termos muitos feriados durante o ano, justamente nesse período não seria de bom alvitre mais um feriado, paralisando as cidades e mais prejudicando do que beneficiando a população como um todo.
Uma última reflexão é sobre o acúmulo de projetos polêmicos que são colocados na pauta de votação da Assembleia Legislativa e enviados na sua maioria pelo governador. Muita gente critica alegando que os deputados tiveram o ano inteiro para votar os projetos, e deixam para última hora a apreciação dos mesmos, sem saber que esta questão não depende da vontade dos parlamentares em votar ou não as matérias, pois as mesmas são, invariavelmente enviadas já no “apagar das luzes” dos trabalhos legislativos e por isso muitos projetos são votados de afogadilho e sem a discussão que seria necessária para aprovação ou rejeição dos mesmos. Por isso essa minha colocação e a afirmação do porque ter votado contra algumas das matérias apreciadas nas últimas sessões legislativas deste 2014.