O presidente da Comissão Especial do Museu de Vila Velha, da Assembleia Legislativa, deputado Edson Praczyk- PRB, comandou na manhã desta quarta feira ( 11), mais uma reunião da Comissão que está estudando a viabilidade da retomada da construção do Museu que está paralisada no momento, devido a uma série de irregularidades na documentação,além de uma infinidade de problemas estruturais verificados nas obras que já foram edificadas no local.
Na reunião de hoje, participaram como convidados especiais,a professora Jasmine Cardozo Moreira,da Universidade Estadual de Ponta Grossa e, principalmente o professor João José Bigarella, além de Paulo Drabik que foi diretor executivo das obras do Museu durante 9 anos.
A professora Jasmine, que hoje está afastada da fundação que tocava as obras, disse que ações de governos anteriores, muito fragmentadas tornaram a execução da obra complicada, as muitas indefinições dentro da esfera federal que barraram a construção da obra, e que é inviável demolir o que já existe no local,um dos itens citados por convidados que participaram de reuniões anteriores, e que segundo eles prejudicam a paisagem do local.
O professor Bigarella, um dos maiores especialistas em geologia e paleontologia no mundo, trabalha desde 1944, quando atuava no Museu Paranaense, e visitou as principais cidades que detém paraísos geológicos e paleontológicos no mundo, não só estudando, como também ministrando palestras, disse que se precisa separar as coisas, entre o que é a parte de estudos da ciência, e o que é a parte estrutural das edificações que existem no local.
Ele citou que mudanças climáticas que ocorreram ao longo dos anos, mudaram a formação do terreno, e por isso o aparecimento dos problemas técnicos da obra, que muitos grandes especialistas já discutiram o assunto, e não se pode perder a oportunidade de termos aqui no Paraná, o maior e mais importante museu paleontológico do mundo.
Na sessão ordinária da Assembleia,o deputado Edson Praczyk, fez um relato do que foi a reunião, e de como é importante que a Casa faça a intermediação entre as várias partes envolvidas, e se chegue logo a uma decisão,inclusive se for o caso de passar a responsabilidade de criação do museu para a esfera federal, com maior condições de liberar os recursos e tocar a obra.
Para Praczyk, talvez um convênio com o Ministério da Cultura, pudesse salvar a liberação dos recursos para a continuidade da construção, que iria perpetuar o belo trabalho do professor Bigarella há tantos anos, o que o tornou uma referência mundial na área da geologia e da paleontologia.