O deputado estadual, Pastor Edson Praczyk- PRB, está chamando a atenção para a realização, nestes próximos dias 8,9 e 10 de março, para o Teste Público de Segurança 2016 do Sistema Eletrônico de Votação, que será realizado na sede do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília, com a participação de 13 investigadores com graduação e especialização nas mais diversas áreas relacionadas ao tema.
O objetivo do Teste é contar com a contribuição da sociedade para identificar possíveis vulnerabilidades e falhas à violação da integridade ou o anonimato dos votos de uma eleição, além de apresentar sugestões para aperfeiçoar o sistema. 8 propostas de invasão dos programas da urna eletrônica foram apresentadas pelos investigadores e aprovadas pela Comissão Reguladora do evento.
O Plano de Teste consiste no detalhamento do “ataque” que será simulado, embasado em normas, artigos, publicações e outros trabalhos técnicos e científicos, e as propostas serão implementadas durante os 3 dias do evento, buscando quebrar o sigilo do voto e fraudar a destinação dos votos digitados na urna. Os investigadores estarão divididos em 4 grupos com pessoas que já participaram de outros testes, professores universitários e um que participa pela primeira vez.
Esta será a terceira edição do Teste Público de Segurança, sendo a primeira em 2009 e a segunda em 2012, e as contribuições de melhoria apresentadas nas duas edições anteriores foram implementadas no sistema logo em seguida.
Para o deputado, considerado uma referência em tecnologia na Assembleia Legislativa, a questão é muito interessante e lembra que no último dia 24 de fevereiro, foi tema de um grande painel realizado no plenário do Legislativo e que abordou não só as urnas eletrônicas, mas também as mudanças efetivadas na lei eleitoral e que serão colocadas em prática já nas eleições deste ano.
O deputado também pediu a opinião de técnicos em informática para saber sua opinião a respeito: Durante o seminário realizado em fevereiro na Assembleia Legislativa, o especialista Rogério Born, (Mestre em Direito Constitucional especialista em Direito Público, Eleitoral e Militar) fez um cometário sobre a urna eletrônica; pois em visita a uma universidade Alemã questionou os professores sobre a opinião deles a respeito do sistema eleitoral brasileiro e o por que não adotavam o modelo do Brasil.
Os professores afirmaram que a urna eletrônica brasileira é um sistema extremamente seguro para evitar a fraude, porém em seu país (Alemanha), não há registros de fraudes, perdendo o sentido em ter um mecanismo para evitá-la, além também de ser inconstitucional para eles, pois o eleitor não tem conhecimento técnico para enxergar o voto tornando-o vulnerável.