Deputado quer criar comissão para avaliar conteúdo de livros didáticos

O deputado, Pastor Edson Praczyk- PRB, usou a tribuna da Assembleia Legislativa para propor a criação, no Estado do Paraná, de uma Comissão para analisar o conteúdo dos livros didáticos que são distribuídos pelo governo federal às escolas públicas.

A idéia surgiu depois dos casos verificados em São Paulo, onde crianças de 08 e 09 anos, das primeiras séries, receberam material didático com conteúdo pornográfico e até apologia ao crime organizado.

Segundo ele, passou a dar mais atenção a este tema, depois de uma visita feita à Secretaria Estadual de Educação, quando ficou sabendo quais os critérios adotados para aquisição deste material, quais as pessoas que elaboram o conteúdo, e principalmente que não existe uma comissão específica para analisar o que é ensinado nos livros.

De posse destas informações, o deputado está sugerindo à Assembleia, a criação de uma Comissão, com a participação de religiosos de várias denominações não só para avaliar o conteúdo dos livros, mas também implantar o ensino religioso nas escolas, que deverá ser facultativo.

Os critérios utilizados para aquisição dos livros que continham dezenas de palavrões, os mais absurdos possíveis e que estavam sendo utilizados pelos alunos de escolas públicas, precisam ser tornados públicos, para que isso não se repita, e essa comissão a ser criada, iria avaliar o conteúdo moral dos livros, pois por mais competentes que sejam os profissionais que hoje fazem este trabalho os erros são humanos.

Praczyk citou o trabalho da ASSINTEC- uma entidade civil, criada no Paraná em 1.973, com a finalidade de auxiliar as secretarias na elaboração dos conteúdos á nível de religião, mas que poderiam ajudar as Secretarias de Educação, a elaborar e fiscalizar o conteúdos dos livros, evitando que o fato acontecido em São Paulo e que está sendo analisado pelo Ministério Público seja repetido.

Poderia ser criada, através de uma Indicação Legislativa, com ajuda da Assembleia Legislativa, esta Comissão Especial, com a participação de padres pastores e outros líderes religiosos, para que, já em 2.010, o material didático a ser enviado às escolas públicas, pudesse estar revisado e pronto para que pudessem ser usados nas salas de aula.