Grupo criado para defesa da mulher fala sobre seu trabalho na Assembleia

Atendendo um convite do Dep. Edson Praczyk, mulheres que integram o Grupo RAABE, criado em Curitiba para combater a violência doméstica, esteve na tarde desta segunda feira (15) para explanar aos deputados, o trabalho que está sendo realizado e explicar o que significa o projeto que nasceu nos Estados Unidos há 2 anos, e hoje já está instalado no Paraná e em vários outros estados brasileiros, além de mais 5 países espalhados pelo mundo.

A coordenadora do grupo, Alessandra da Silva Soares, explicou aos parlamentares a atuação no combate à violência doméstica, através da realização de encontros mensais, com palestras e orientações gratuitas de advogados, psicólogas e assistentes sociais, reunindo mulheres que foram vítimas de qualquer tipo de violência, física ou psicológica, ouvindo relatos, e depois, prestando todo tipo de assistência necessária, além de incentivar a denúncia que é recebida de forma anônima, e a partir daí, encaminhamentos para órgãos competentes, tudo de forma gratuita e com muito mais agilidade do que ocorre num trâmite normal.

Para a coordenadora Alessandra, a receptividade e interesse com que os deputados ouviram seu relato, e participaram da explanação com seus apartes, é muito importante para que, com o engajamento de todos o projeto RAABE seja amplamente divulgado e chegue ao maior número possível de mulheres, independentemente de classe social, e incentive as mulheres que sofrem qualquer tipo de violência a denunciar seus agressores.

Hoje, Curitiba já é a terceira cidade do Brasil com maior número de casos registrados de violência contra a mulher, e nada menos que 10 mil processos estão parados, aguardando julgamento, por falta de pessoal e estrutura suficiente para tal sem contar que existe hoje, apenas uma Delegacia da Mulher para receber as denuncias e tomar as providências devidas, e por isso, uma denúncia após ser feita demora em média 1 ano para ser julgada.

Além do mais, uma medida protetiva leva cerca de 3 meses para ser expedida, um tempo longo demais para uma pessoa que está sendo vítima de violência. Alessandra também lembra que, no próximo dia 24 de novembro, as 10 horas da manhã, será realizada uma passeata pelas ruas centrais da cidade, chamando a atenção de toda a sociedade para o problema da violência contra a mulher.

O grupo também espera que, com o engajamento dos parlamentares e do maior número de pessoas possíveis, dos mais variados segmentos, a luta em defesa da mulher ganhe força, inclusive com a elaboração de projetos e políticas públicas em defesa da mulher.