Como tenho feito desde meu primeiro mandato como deputado estadual mais uma vez, votei contra o pacote de medidas enviado à Assembleia Legislativa pelo Governo do Estado, e que continha uma série de temas polêmicos, especialmente o projeto que autoriza o Executivo a vender ações da Copel e da Sanepar, o que motivou inúmeros debates, discussões acaloradas, posicionamentos diversos a favor e contra o projeto, que acabou sendo aprovado por 29 votos a favor e 17 contrários, entre os quais o voto deste parlamentar.
Sem entrar na discussão de outros itens polêmicos do pacote, me atenho apenas ao caso da Copel e da Sanepar, pois acredito ter sido coerente ao longo de todo o meu mandato, lembrando que já nos primeiros dias como deputado, tive a oportunidade de participar da sessão mais tensa, polêmica e demorada da história da Assembleia que foi o projeto de lei apresentado na Casa pelo então governador Jaime Lerner e que previa a venda da Copel, rechaçada pela maioria dos parlamentares e principalmente pela população que tomou conta da Casa, enchendo as galerias, protestando e pressionando os deputados para que votassem contra a venda da estatal, o que felizmente acabou não se concretizando.
Ao mesmo tempo em que os veículos de comunicação falam tanto da Sanepar quanto da Copel como empresas modernas, superavitárias e modelos de administração, não creio ser de bom tom falar em venda de ações, até mesmo porque não ficou bem claro qual o valor cobrado por cada ação vendida e se esses valores são os valores de mercado ou abaixo deles. Mesmo que venha a ser um bom negócio para o Paraná e o Estado não venha a ter qualquer tipo de prejuízo, não me senti confortável e totalmente convicto para votar a favor da venda destas ações e por isso resolvi ser coerente com meu posicionamento adotado desde meus primeiros dias como deputado.
Apesar de o projeto ter sido aprovado, faço questão de deixar registrado o meu voto contrário, por reconhecer a grandeza e magnitude tanto da nossa Copel quanto da Sanepar.