Projeto sobre calorias enviado para sanção governamental

O projeto de lei 839/11, de autoria do deputado Edson Praczyk- PRB, com o anexo do projeto 865/11, do deputado Hermas Brandão Júnior- PSB, foi encaminhado nesta segunda-feira (03) para sanção do governador Beto Richa.

A proposta, debatida amplamente na Assembleia Legislativa, obriga bares restaurantes e similares, a informar a quantidade de calorias nos alimentos servidos nestes locais, divulgação do teor calórico, e ainda de glúten e lactose, se eles existem ou não, regra que deve ser seguida por todo estabelecimento que comercialize qualquer tipo de alimento.

O projeto, aprovado na Assembleia, foi debatido de forma ampla, inclusive com a participação de representantes da Abrasel e Abrabar, que ocuparam a tribuna da Casa para expor o porquê de serem contrários à proposta, o que na opinião do deputado Praczyk é normal, não só porque os sindicatos defendem seus filiados, mas também porque toda mudança gera desconfiança e problemas de adaptação, o que aconteceu quando foi implantada a lei antifumo.

Entre as várias pessoas que foram chamadas para discutir a proposta e que são especialistas no assunto, está a presidente da 8ª Região do Conselho Regional de nutrição, Sônia Regina Barbosa, que acompanhou todo o transcorrer do processo, e destacou na tribuna da Assembleia o crescimento assustador dos casos de obesidade no Brasil e os diversos malefícios causados pela ingestão  acentuada de calorias, especialmente gordura e açúcar, revelando números que mostram que, atualmente cerca de 65% das pessoas se alimentam fora de suas casas, o que aumenta o número de pessoas obesas, pois não há como controlar o número de calorias consumidas diariamente.

Praczyk acredita que com a sanção do governador Beto Richa, a Lei além de obrigar os estabelecimentos a divulgar o teor calórico dos alimentos, irá também alertar as pessoas para o risco da obesidade, e o Paraná sairá na frente no combate ao consumo exagerado de calorias, glúten e lactose, uma forma de se tentar controlar a ingestão dos mesmos e proteger a população, uma medida já tomada por grandes empresas, como a Itaipu Binacional que já há algum tempo controla a alimentação de seus milhares de trabalhadores.