Tempo de espera em filas de bancos ainda é um problema

As reclamações diárias envolvendo os usuários dos serviços bancários inclusive com confusões que a imprensa tem divulgado ultimamente, me fez lembrar que há exatos 10 anos atrás, em 2006, fiz uso da tribuna da Assembleia Legislativa, cobrando uma ação mais rigorosa de fiscalização sobre o tempo de espera nas filas de bancos em Curitiba.

Já naquela época alertei que, apesar de haver uma lei que determina o tempo máximo de espera de 20 minutos em dias normais e 30 minutos em vésperas e depois de feriados, isso nem sempre é cumprido, sendo muito fácil observar em algumas agências de grande movimento que pessoas passam muito mais tempo na fila do que o máximo determinado por lei.

Destaquei também naquela oportunidade que em algumas cidades do interior funcionários dos órgãos responsáveis pela fiscalização vão até as agências bancárias verificar in-loco, o tempo gasto pelos clientes nas filas. Esse procedimento, além de apressar o cumprimento da lei também dá apoio ao cliente para que ele se sinta a vontade para reclamar quando se sentir prejudicado.

Em todo o Paraná são dezenas de processos abertos todos os meses contra agências bancárias que não cumprem a lei, além de pesadas multas aplicadas.

Nunca é demais lembrar que, de acordo com a legislação, é obrigatória a instalação, nas proximidades dos caixas de atendimento ao público, de equipamento para emissão de senhas numeradas com data e horário, em local de fácil acesso para controle do usuário, além de um relógio que deve estar à vista do cliente, além de atenção especial e prioritária que deve abranger o atendimento prestado pelas agências aos maiores de 65 anos, gestantes e pessoas portadoras de deficiência física.

Como se nota, 10 anos já se passaram da minha manifestação de preocupação com o problema e muito pouca coisa foi feita para acabar com o problema. Aliás muito pelo contrário, pois nestes 10 anos, o movimento aumentou, os problemas se avolumaram e ao que parece o atendimento prestado aos clientes não apresentou uma melhora significativa.