Trabalho realizado com bonecos merece reconhecimento

Recebi em meu escritório na semana passada (26-02), a visita de Abel Domingues, que além de sua atividade normal diária, é formado em teologia, e realiza há 10 anos um trabalho social denominado por ele mesmo de “Cabeça de Coco- Teatro de Bonecos” levando para crianças de comunidades carentes, diversão, alegria, arte e cidadania.

Vindo de uma família extremamente pobre, Abel já aos 17 anos se vestia de papai Noel, e mais tarde em 2005, criou este projeto utilizando casca de coco e material que iria para o lixo reciclável transformando-o em bonecos, um projeto segundo ele mesmo emocional e que é levado às crianças carentes, tornando-se um multiplicador de ideias, já que o projeto é levado também para escolas públicas e até aldeias indígenas em apresentações totalmente gratuitas em praças públicas de regiões carentes e sem nenhum apoio financeiro.

O lixo transformado em arte vai a locais onde o poder público não chega, e já ganhou manchetes e matérias em algumas publicações que destacam o trabalho realizado ao lado do filho Gabriel hoje com 15 anos, mas que o acompanha desde os 5 neste projeto lúdico, uma diversão que é levada até crianças que nunca foram a um cinema e não tem contato com nenhum tipo de arte justamente o público-alvo do projeto que está completando 10 anos e que já levou esta alegria a milhares de crianças de Curitiba Região Metropolitana e até aldeias de índios no Mato Grosso.

Abel lembra que no início comprava bichinhos de pelúcia para realizar o seu teatro, mais tarde teve a ideia da casca de coco, e hoje são mais de 200 bonecos, de todos os tipos que arrancam sorrisos de crianças pobres em todos os locais onde se apresenta.

Devo destacar que fiquei imensamente feliz e emocionado em conhecer o trabalho voluntário do Abel, de altíssimo alcance social e que merece não só meu aplauso, mas o reconhecimento das pessoas pela grandiosidade deste projeto “Cabeça de Coco”.